BREVE (Estratégias reprodutivas robóticas)

Artigo de The Economist na Carta Capital deste último final de semana intitulado “Robocópula” relata

experimentos fascinantes com robôs e programas computacionais com a finalidade de pesquisar a evolução de estratégias múltiplas de reprodução, ou polimorfismo reprodutivo em populações de uma mesma espécie. No caso dos robôs, trocando informação na forma de radiação infravermelha simulando permuta de genes quando ficam frente a frente a uma distância de 30 cm um do outro.

No computador, uma população virtual e ¨fontes de energia¨ (alimentos) foram introduzidas através de uma programação adequada em que obriga-se os ¨indivíduos¨ a interagirem uns com os outros e a procurarem alimentação nas fontes. Após 1000 gerações (!!) com o programa rodando durante uma semana a população estabilizou em 25% de ¨caçadores¨ (aqueles que passam a maior parte do tempo procurando alimentos) e 75% de ¨rastreadores¨ (aqueles que ignoram seus estoques de energia e passam a maior parte do tempo ¨copulando¨). Este é uma resultado decididamente sensacional pois indica que os ¨rastreadores¨ conseguiram, em média, produzir um número bem maior de descendentes do que os seus competidores ¨caçadores¨ ao longo do tempo.

Esses experimentos foram efetuados por um pesquisador na Unidade de Computação Neural, Stefan Elfwin, do instituto de ciência tecnologia de Okinawa, no Japão, sob a supervisão de Kenji Doya. O trabalho foi publicado da revista científica PloS ONE.

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Para saber mais:

Crédito das Figuras:

OIST

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32 comentários

  • Anônimo 29 de maio de 2014  

    Muito obrigado a quem se dispôs a completar o mini-post com os dados que faltavam. E faço agora uma observação essencial a meu ver para que se possa interpretar o resultado em todo o seu significado, a saber, que os tempos de vida e o número de ¨ações¨ dos robôs virtuais eram limitados mesmo que possuíssem estoques de energia suficientes durante todo o tempo de vida. Caso contrário a frase ¨… os que passavam a maior parte do tempo ¨copulando¨ ( isto é, procurando parceiros para ¨copular¨) produziram um número bem maior de descendentes…¨ soaria demasiado óbvio, ou seja, deve-se levar em conta que os ¨rastreadores¨ corriam o risco de ¨morrerem¨ por falta de energia antes do limite de tempo de vida permitido. Foi dessa maneira que interpretei o significado dos resultados obtidos. E, é claro, se escrevi alguma bobagem neste comentário peço sinceramente que me corrijam com os devidos esclarecimentos do que realmente estava em jogo nesse belo experimento. Mais uma vez, obrigado ao pessoal do Evolucionismo.org. Sem mais.  

  • Rodrigo Véras 3 de julho de 2014  

    Oi, Peterson. O autor da obra é o conhecido biólogo molecular James Darnell, da Universidade Rockefeller, que foi coautor de edições anteriores do muito usado livro-texto ‘Molecular Cell Biology’.

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK21475/

    Sobre a origem da vida recomendo dois livros em português. Um já foi inclusive comentado aqui no nosso blog [evolucionismo.org/profiles/blogs/origem-da-vida-recentes-contribuicoes-para-um-modelo-cientifico-d] e o outro é do químico Pier Luigi Luisi [ http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=414107]

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    Maia, Hernâni L.S. & Dias, Ilda V.R. Origem da Vida: Recentes Contribuições para um Modelo Científico, Livraria da Física, 1a ed., 2012, 286 páginas

    Luisi, Pier Luigi A EMERGÊNCIA DA VIDA: Das Origens Químicas à Biologia Sintética [trad.Bernardini, Aurora Fornoni] São Paulo: EDUSP, 424 pp.

    Abraços,

    Rodrigo

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