Acioli de Olivo

Dia da Consciência Negra: raças e espécies

Amanhã, dia 20 de novembro, é comemorado em diversos municípios brasileiros, o Dia da Consciência Negra. Tenho ouvido e lido muita discussão, principalmente aqui em Brasília, sobre a questão das cotas raciais na UnB, opiniões as mais apaixonadas, extremadas e intolerantes na defesa de pontos de vista sobre o tema. Gostaria de ver discutido aqui neste blog, não o direito às cotas, seja como reparação de injustiças passadas ou como fator acelerador da inserção do negro na sociedade; mas sim a questão do ponto de vista das raças. Como “cristão novo” no blog e no Evolucionismo, não tenho ainda o conhecimento e o discernimento para contribuir com o tema. Mas ao ler “A Grande História da Evolução”de Richard Dawkins, chamou-me a atenção “O conto do gafanhoto”. Dawkins nos alerta que os biólogos classificam os animais que se acasalam em condições artificiais, mas que s erecusam a fazê-lo na natureza, como espécies separadas. Os seres humanos, ao contrário, só através de esforço quase sobrehumano de empenho político desconsideram as diferenças entre populações e raças locais. No entanto, as raças humanas intercruzam-se e não há quem duvide que pertençam à mesma espécie. É sobre isto que trata “O conto do gafanhoto”, de raças e espécies, das dificuldades de definir ambas e de tudo o que isso tem a dizer a respeito das raças humanas. Com a palavra nossos biólogos, etólogos, antropólogos e zoólogos.

Novvs Orbis

Ao longodos seus 183 anos a Biblioteca do Senado Federal esteve envolvida nos acontecimentos marcantes que compõem a história política do país. Neste ano se iniciou um processo de digitalização das obras raras do acervo. A Biblioteca do Senado passa agora a integrar a Online Computer Library Center (OCLC) e como bônus nos oferece 77 obras digitalizadas. Consulte o site http://www2.senado.gov.br/bdsf/
Para marcar o início da digitalização foi lançado um DVD com o conteúdo integral, inclusive com animações, do livro Novvs Orbis, de Joanne de Laert Antverp, publicado em 1633, reunindo informações geográficas, etnográficas e históricas da América, extraídas de trabalhos de botânicos e cartógrafos holandeses. O DVD é distribuído gratuitamente na Biblioteca do Senado, mas corram que a edição é limitada. Já peguei o meu e garanto que é fantástico.
Acioli

Marina e o Evolucionismo

Vendo o video da ex-ministra Marina aqui no blog, veio-me à mente um post colocado em janeiro de 2008 no blog Central Desinformativa, que, infelizmente, deixou de existir. Apesar do tom satírico é muito sério. Reflitam.

Em tom de sarcasmo e prepotência, anônimos escrevem para este blógue reivindicando que eu escreva sobre a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em um evento criacionista bancado pela igreja adventista. Insinuam, me parece, que a palestra intitulada “Preservando as obras do Criador no Brasil” deva ser motivo de crítica. A ciência, por acaso, conseguiu provar que o mundo não é obra do Todo Poderoso?

Alguém poderia, no entanto, argumentar que o ambientalismo não deve ser fonte de preocupação para os cristãos. Se nosso Pai criou toda a biodiversidade do mundo em sete dias, certamente não seria incômodo criar a Amazônia de novo se por ventura nós queimarmos a mata inteira sem querer. Por essa lógica, os darwinistas —defensores de uma teoria cheia de insuficiências epistêmicas— é que deveriam estar preocupados, já que na cabeça deles a evolução demorou 3,8 bilhões de anos para construir tudo isso, por meio do simples acaso.

Mas mesmo que a teoria da evolução esteja correta, qual é o problema de uma ministra fazer um pequeno flerte com a pseudociência? Só porque o ministério diz pautar suas ações em dados científicos objetivos? Se os biólogos que trabalham no Ibama acreditam em evolução e em ciência, o problema é deles. Eu me pergunto: por que quem lida com estudo e proteção da biodiversidade tem necessariamente que acreditar em biologia? Acreditar em ciência? É perfeitamente possível, por exemplo, usar computador sem acreditar em matemática.
Um notório engenheiro eletrônico brasileiro costuma dizer por aí: “se você não gosta de matemática, não deveria usar nem telefone celular”.

É um exagero, claro. Nós sabemos que Prodes e o Deter (do INPE) só usam satélites sofisticados por questão de conveniência. É perfeitamente possível usar videntes e paranormais para monitorar o desmatamento. Por que tanto desprezo pela religião e pela espiritualidade? Se o plano da ministra der errado, não seria má idéia, afinal, trocar toda essa parafernália por uma capelinha, um lugar onde se possa ajoelhar e rezar para a Amazônia não acabar.